Alergia a Alimentos

Leite de vaca

É um dos alimentos que mais freqüentemente sensibilizam as crianças. O leite é composto de varias substâncias, sendo as proteínas as mais importantes como sensibilizantes. A proteína mais abundante no soro é a betalactoglobulina, sendo também a mais sensibilizante.

Já quando o paciente é sensibilizado a caseína, outra proteína, implica na maioria das vezes numa persistência da alergia por um período mais longo.

Quando o paciente apresentar alergia à proteína do leite de vaca, ele não poderá substituir pelo leite de outros mamíferos. Isto se deve a não serem adequados em termos nutricionais e pela reatividade cruzada entre as proteínas do leite de vaca e dos leites de cabra, ovelha e búfala, que ocorre em mais de 90% dos casos.

Assim, uma vez que o paciente foi diagnosticado com alergia à proteína do leite de vaca, os leites de outros mamíferos devem ser evitados, pelo menos até que a tolerância a estes possa ser testada, sob condições controladas.


Ovo
As reações alérgicas ao ovo são desencadeadas mais frequentemente pela clara. O “ovomucoide”, por ser resistente ao calor e a ação de enzimas, é considerado o alérgeno mais importante. Outro alérgeno é “ovalbumina” que, embora esteja presente em grande quantidade na clara, é pouco alergênico por ser rapidamente desnaturado pelo calor (cozimento).  Os sintomas de alergia ao ovo geralmente se iniciam na infância, podendo persistir na vida adulta, diferente da proteína do leite de vaca, em que a tolerância ocorre por volta dos três anos de idade. Os sintomas mais freqüentes de alergia ao ovo são: urticária, dermatite atópica, sintomas respiratórios (crises de rinite alergia e asma) como também sintomas gastrointestinais (cólicas, náusea, vômitos). O diagnostico é feito através da história clinica, testes alérgicos e exames de laboratório (IgE especifica).

Crustáceos (camarão, caranguejo, siri, lagosta e lagostim)
É comum observar quadros alérgicos de hipersensibilidade em adultos. Além disso, pode-se dizer que existe reatividade cruzada entre algumas proteínas e/ou enzimas (tropomiosina) de diferentes crustáceos. 

Peixes
A Urticária é o sintoma mais comum de alergia a peixe.  Assim como nos crustáceos, existe reatividade cruzada entre as diversas famílias de peixes.

Carne de vaca e aves
Raramente produz sensibilização.

Carne de porco
Apesar de freqüentemente ser referida pelos pacientes como causadora de sintomas alérgicos, raramente sensibiliza. Não devemos esquecer que ao se ingerir embutidos, os mesmos contém conservantes e nos casos de alergia devem também ser investigados.

Cereais
O trigo é o mais importante. Freqüentemente sensibiliza indivíduos e provavelmente devido ao seu uso cotidiano. Pode sensibilizar por ingestão ou inalação. Sintomas de alergia são comuns entre os padeiros e trabalhadores em moinhos de trigo.

Cacau
O chocolate (cacau) raramente causa alergia. Muitas das vezes que ocorre, o processo alérgico esta relacionado a proteína do leite de vaca.

Amendoim e outras castanhas
Verifica-se com maior constância a alergia ao amendoim nos Estados Unidos, devido ao hábito de utilizar pasta de amendoim na alimentação desde cedo. No Brasil, a sensibilização a essa leguminosa é menos freqüente.  Pode haver reatividade cruzada a outras leguminosas como ervilha, lentilha, soja e feijão.

Soja
Pertence a família das leguminosas, sendo usada nos casos de alergia ao leite de vaca (bebês maiores de seis meses de vida) e intolerância a lactose. Alguns pacientes alérgicos ao leite de vaca podem apresentar reação cruzada a proteína da soja, apresentando manifestações digestivas (cólicas, diarréia e vômito).

Frutas
As frutas cítricas podem desencadear sintomas alérgicos respiratórios (coriza e prurido nasal) ou urticária. Alguns pacientes alérgicos a banana, maracujá, kiwi e abacate também podem o ser ao látex.

 

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